Conheça a doença que mobiliza as campanhas do “Zé Gotinha” em todo país, mesmo após sua erradicação
Durante o mês de outubro estão sendo realizadas campanhas de vacinação contra a poliomielite em todo o Brasil. A vacina, famosa pelo seu mascote, o “Zé Gotinha”, do Ministério da Saúde, visa atingir neste ano ao menos 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade.
No sábado passado, 17, postos de saúde promoveram o Dia “D” de mobilização nacional e conscientização para a vacinação. Mesmo assim, as campanhas se estendem até o dia 30 deste mês. Vacinar é a única forma de evitar a poliomielite, doença que já causou epidemias no século passado.
Desde 1994, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a poliomielite erradicada no Brasil. Mas casos recentes na Venezuela e em outros 23 países, além dos baixos números de cobertura das vacinas em crianças, são um alerta para uma possível volta da doença. No início de outubro apenas 56,68% estavam imunizadas, de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI).
Você conhece a poliomielite?
Trata-se de uma doença infecciosa causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus. E que também pode afetar adultos, embora a grande maioria dos caso ocorra em crianças menores de quatro anos.
A poliomielite é transmitida quando a boca entra em contato com algum material contaminado por fezes. Isso aumenta a preocupação com as crianças mais novas, pois a doença se manifesta por hábitos de higiene inadequados – somado à falta de saneamento básico.
Uma pessoa também pode transmitir para outra ao expelir gotículas por meio da fala, tosse ou espirro.
A maior parte das infecções não chega a apresentar sintomas ou têm sintomas parecidos com os de gripe e de outras doenças virais. Os principais deles são:
- Febre;
- Fadiga;
- Dor de cabeça;
- Dor de garganta;
- Vômitos e náuseas;
- Dores nos membros;
- Diarreias e prisão de ventre.
A poliomielite pode causar também sintomas mais graves. Aproximadamente 1% dos infectados desenvolvem paralisias em membros do corpo, caracterizadas por aumentar a sensibilidade e diminuir a força muscular e os reflexos.
Essas paralisias podem causar sequelas permanentes, capazes de evoluir para insuficiência respiratória e até levar a óbito.