Hepatite viral na gestação: cuidados e prevenção no Julho Amarelo

Campanha destaca importância da prevenção e controle das hepatites virais em grávidas

As hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes vírus. O mês de Julho Amarelo é de conscientização para a prevenção da patologia.

Juan Carlos Boado, médico obstetra do Hospital Bom Pastor reforça que as grávidas precisam de atenção especial. “A vacinação e a imunoglobulina (proteína) são eficazes na prevenção da transmissão, já que a hepatite viral pode causar complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê. O pré-natal, inclusive, deve incluir testes para detectar hepatites do tipo B e C”, disse.

Embora aproximadamente 1% das gestantes no mundo são infectadas pelo vírus da hepatite B (VHB), por exemplo, a taxa de transmissão vertical (da mãe para o bebê) pode ser de até 90% se a infecção ocorrer no terceiro trimestre da gestação.

Instituída pela Lei nº 13.802/2019, a campanha Julho Amarelo tem o objetivo de reforçar ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças que podem comprometer a saúde de mães e bebês.

Hepatites virais na gravidez

Os sintomas da hepatite durante a gestação variam, podendo incluir:

· Cansaço;

· Febre;

· Enjoo;

· Vômitos;

· Icterícia (pele e olhos amarelados).

A hepatite B, transmitida por via sexual e contato com sangue, é evitável com vacinação e preservativos. Já a hepatite C, sem vacina, exige evitar compartilhar objetos perfurocortantes e usar proteção nas relações sexuais. Para hepatites A e E, transmitidas por via fecal-oral, a higiene é crucial. Lavar as mãos frequentemente e consumir água tratada ajudam a prevenir.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para todos os tipos da doença. “Recomendamos testes de hepatite para gestantes, que podem ser feitos nos postos de saúde para um tratamento adequado e prevenção de complicações graves”, reforçou o médico.

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