Mielite transversa, doença que causa inflamação na medula espinhal, foi a responsável pela interrupção das pesquisas da Universidade de Oxford
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, integra a corrida mundial em busca da imunização contra o novo coronavírus. Entretanto, sua última fase de testes foi interrompida no último dia 6 de setembro, por conta da identificação de um caso de mielite transversa entre os indivíduos participantes. Mas afinal, o que é essa doença?
Mielite transversa é o nome dado para a doença neurológica que causa inflamação na medula espinhal, afetando a coluna e a locomoção. Apesar de não ter uma causa definida, o mais comum é surgir como uma reação autoimune do corpo, frequentemente em pessoas com doenças preexistentes como a esclerose múltipla. Ela também pode estar relacionada a doenças infecciosas, como tuberculose e sífilis.
É considerada uma manifestação rara, que atinge de 1,3 a 4,6 pessoas por milhão de habitantes. Como reação adversa de uma vacina, ela é ainda mais incomum, se manifestando apenas uma vez a cada um milhão de doses.
Revisão feita pelos pesquisadores de Oxford apontou que é improvável que a vacinação tenha causado mielite transversa no participante do estudo. Diante da falta de evidências suficientes para afirmar tal relação, os testes foram retomados na semana seguinte no Brasil e nos demais países participantes, com exceção dos Estados Unidos, que optaram por fazer uma investigação própria.
Conheça os sintomas da mielite transversa:
> Dores na cervical, costas e cabeça;
> Sensações de aperto no tórax e no abdômen;
> Fraqueza;
> Formigamento e dormência nos pés e nas pernas;
> Dificuldade para segurar urina ou fezes;
> Chances de perder as sensações das pernas e causar paraplegia, se o quadro evoluir.
Não há cura para a mielite transversa. Entretanto, em alguns casos é possível uma boa recuperação por meio de fisioterapia e do uso de corticoides, que reduzem as inflamações na medula.