Hospital Regional de Santarém tem taxa de mortalidade por sepse inferior à média mundial

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, está conseguindo reduzir a taxa de mortalidade por sepse abaixo da média mundial. De acordo com o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), a letalidade mundial por sepse está entre 30 a 40% e no Brasil atingiu 55,7% em 2018. No HRBA, neste ano, até o mês de agosto a taxa é de 27,29%.

Antigamente conhecida como infecção generalizada ou como septicemia, a sepse é uma resposta inadequada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa resposta inadequada pode levar ao mau funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte, se não for descoberta e tratada rapidamente. A infecção pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários.

No Hospital Regional do Baixo Amazonas, gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA), a enfermeira supervisora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Sheila Oliveira, atribui a redução da taxa às campanhas educativas internas realizadas com frequência na unidade e a implantação e acompanhamento rigoroso de protocolo clínico para reconhecimento e tratamento da Sepse.

“Hoje, a letalidade no Hospital Regional é de 27%, taxa bem abaixo do que observamos nos hospitais do Brasil e do mundo, que de acordo com o. Esta redução se deve às diversas ações internas, orientações e gestão de casos intersetoriais que realizamos nos últimos anos com o objetivo de efetivar o diagnóstico precoce para evitar a mortalidade”, enfatiza.

Dia Mundial contra a Sepse

Em lembrança ao Dia Mundial contra a Sepse, comemorado no dia 13 de setembro, a equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) realizou uma programação extensa voltada aos colaboradores com orientações e treinamentos sobre a prevenção e identificação da Sepse.

Para a médica pediatra Kátia Haiada, o treinamento é essencial para que a equipe multiprofissional conheça e execute o protocolo de sepse que tem como finalidade identificar e prevenir antecipadamente uma possível piora clínica do paciente. “Essa ação dentro de cada setor é importante porque faz lembrar aos profissionais que estão na base, os nossos operacionais, a importância do reconhecimento da sepse. Eles são fundamentais no disparo do protocolo, pois somos uma equipe multiprofissional, uma equipe que trabalha em conjunto para que seja proporcionado um melhor benefício ao paciente”, aconselhou.

A enfermeira finalizou destacando a importância da prevenção da sepse. “Queremos chamar atenção sobre o diagnóstico precoce da sepse e como fazer o tratamento correto, prevenindo o óbito pela doença. Estamos, juntamente com as equipes, lembrando sobre o fluxograma, orientando novamente como acionar o protocolo e quais são os sintomas de um paciente com sepse”.

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