Hospital Yutaka Takeda alerta para a importância de manter o equilíbrio emocional frente ao COVID -19

Devido a crise epidêmica que mundo vive, o Hospital Yutaka Takeda (HYT), em Parauapebas (PA), faz um alerta sobre a relevância de cuidar da saúde emocional. A psicóloga da unidade, Andreza Oliveira, orienta como controlar a ansiedade nesse período.

Segundo a psicóloga nesse período de pandemia, as pessoas lidam com um inimigo invisível, que é o vírus, que ameaça a integridade física e que em alguns casos pode ocasionar a morte. Ela relata que na clínica da ansiedade, quando se lida com o perigo, com uma situação que não se consegue combater frente a frente, neste caso o COVID-19, as pessoas tendem a ficar mais angustiadas, sendo que nesse contexto dois sentimentos são extremamente estimulados: o medo e a raiva.


Medo

O medo é essencial nesse momento, é esse sentimento que vai dizer onde está o perigo, ficando em um nível elevado porque de fato o perigo é elevado. Por este motivo entrar agora em uma situação de medo e pânico é natural e esperada, porém o medo exige duas respostas das pessoas: precisam atacar ou correr e se proteger. “Quando o inimigo é invisível você não sabe para onde correr e para onde atacar, isso faz com que ocorra uma sobre carga de agressividade e medo na nossa mente”, destacou a profissional.


Agressividade

A agressividade tem o objetivo de destruir, esse que é o grande perigo que ameaça a ansiedade das pessoas: não saber lidar com essa agressividade que deveria ser usada para se proteger do perigo real. “Devido você está cheio de agressividade, raiva normal para se proteger, você acaba atacando indiscriminadamente todas as pessoas que estão a sua volta, acabada gerando conflito e estresse, ficando as relações prejudicadas. É nesse contexto que vamos precisar de muita maturidade, auto-observação para que a gente não tome atitudes impulsivas, explosivas e destrutivas”, explicou Andreza.

Mecanismos de defesa contra a ansiedade

Diversas pessoas utilizam alguns mecanismos de defesa contra a ansiedade: negação e a hipomania, que são defesas imaturas e muito perigosas. Sendo a negação, um mecanismo de defesa, no qual a pessoa nega a realidade e a acaba se expõe ao risco. Elas não aderem ao isolamento, se expõem as aglomerações e não seguem as normas de higienização das mãos. Já a hipomania é uma defesa, que esta dentro da negação, no qual as pessoas demostram uma falsa euforia como: rir e fazer piada da situação, esse é outro mecanismo de defesa para lidar com o medo. Ele é necessário, porém quando se utiliza apenas ele, as pessoas acabam negligenciando a realidade.

O ideal nesse contexto é usar a racionalização, os dados reais, científicos e fundamentados. A racionalização ela vai orientar como combater o perigo, direcionando essa agressividade para algo produtivo, a exemplo da lavagem das mãos, adesão ao isolamento social e evitar as aglomerações.

“Todas as vezes que você estiver exercendo um ato desses, a pessoa vai esta combatendo esse inimigo invisível e estará direcionando esse sentimento de agressividade de uma forma mais saudável”, frisou.

Outro recurso pontuado pela psicóloga é a sublimação, que é a capacidade que o individuo tem de transformar impulsos ou idealizações não aceitáveis, em ações ou comportamentos socialmente aceitáveis. Muitos indivíduos já devem esta fazendo isso, se as pessoas estiverem possuídas pelo medo e estão isoladas em casa, elas devem se aproximar de conteúdos que contemplem esse seu desejo interno, através de filmes, atividades físicas, pinturas e dança.

“Nós estamos em estado de extrema ameaça a nossa saúde mental e precisamos racionalizar e sublimar todos esses impulsos que são exigidos de nós, nesse momento, para que possamos conseguir manter o nível de convivência mais adequado e maduro. Em tempo onde não podemos dar as mãos, vamos entrelaçar as nossas almas”, finalizou Andreza Oliveira.

Sobre o Hospital Yutaka Takeda

O Hospital Yutaka Takeda foi construído pela Vale em 1986 e é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar desde 1997.

A unidade possui importantes certificações, a de Hospital Acreditado em Excelência – Nível 3, reconhecimento concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que avalia a qualidade, segurança e gestão integrada. E foi o primeiro Hospital no Brasil certificado pelo Programa de Qualidade (PNQ) do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que reconhece a qualidade da assistência da instituição.

Entre as conquistas de destaque da unidade também está o selo “Green Kitchen”, concedido pela Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam); e o recebimento de placa de reconhecimento pela participação no Desafio Resíduo, da Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis (_Global Green and Healthy Hospitals – GGHH_).

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